Uma notícia que pegou muitos de surpresa (outros nem tanto), nessa semana foi o anuncio de Eduardo Bolsonaro (filho do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro), que estaria renúnciando seu mandato como deputado federal temporariamente, para se auto-exiliar nos Estados Unidos, com medo de ter seu passaporte confiscado e que fosse alvo de investigações e processos relacionados a uma suposta participação sua no planejamento do golpe de estado orquestrado por seu pai, após as eleições de 2022.

“Está bem claro para todo mundo que minha situação aqui não é confortável, estou abrindo mão de um salário sensacional. Todo mundo consegue imaginar como é a parte financeira da vida de um deputado. Além disso, um mandato é construído a duras penas” fala do ex-deputado em vídeo para o seu canal do Youtube.
Eduardo já vinha passando mais tempo do que o habitual para um deputado em exercício de mandato no pais dos “yankees” nos últimos meses, sendo até alvo de criticas e de zombaria por parte de parlamentares e de militantes políticos, das mais diversas alas ideológicas não-alinhadas ao bolsonarismo.
Fato é que, para quem sabe ler nas entrelinhas, entende que tudo isso é muito mais do que um exilo político para “fugir da ditadura do STF” como o mesmo diz em vídeo postado em suas redes sociais. Fica evidente que desde as eleições presidências dos Estados unidos ocorridas em 2024, e principalmente desde a vitória de Donald Trump. O “bolsonarismo” tenta vender uma imagem de alinhamento com o presidente republicano, até nos temas mais controversos, e como uma provável forte aliança do governo norte americano caso tenham êxito nas eleições presidenciais em 2026.
Além de tentar passar a imagem para seus eleitores de que esta lutando contra as frequentes repressões da suprema corte, juntamente com forças estrangeiras lá fora(o que não sabemos até que ponto é verdade), Eduardo Bolsonaro aproveita de sua estadia nos Estados Unidos para tentar algum contato com lideranças do governo Trump, para montar uma estrutura de apoio á uma volta da “direita bolsonarista” ao poder em 2026, podendo ele mesmo talvez (caso não sofra represálias do STF até lá) ser o candidato do PL para 2026, visto que seu pai está inelegível e sofrendo uma investigação referente a suposta tentativa de golpe de estado em 2022.
O questionamento que fica é : O plano bolsonarista terá êxito no final das contas? veremos a volta de um representante da família Bolsonaro na cadeira de presidente? e qual o preço que Donald Trump cobrará por ajudar os bolsonaristas mais tarde?