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Seria a leitura uma prática tão importante assim?

Kiusley Souza Silva por Kiusley Souza Silva
26/05/2025
em Educação
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Seria a leitura uma prática tão importante assim?
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    Você sabia que 3 em cada 10 brasileiros que sabem ler não conseguem interpretar um texto simples? A taxa de alfabetismo é alta, mas porque então os números da educação estão caindo? O assunto é muito mais complexo do que parece, estariam nossos leitores preparados para compreender? Neste artigo, vamos explorar o que realmente significa ler, o impacto do analfabetismo funcional no Brasil e como isso se conecta diretamente à inteligência e ao futuro do país.

    Um estudo publicado em 2019 no British Educational Research Journal, conduzido por John Jerrim e Gemma Moss, analisou dados do PISA 2009 com mais de 250 mil estudantes de 15 anos em 35 países da OCDE. O resultado foi surpreendente: os alunos que liam ficção várias vezes por semana tiveram um desempenho até 26,2% melhor em leitura. Já a leitura de jornais, revistas ou livros de não-ficção teve pouco ou nenhum efeito nos resultados.

    Claro que podemos questionar o que exatamente na leitura ficcional fez toda essa diferença, ou que o ganho deve ser atribuído à outros fatores que acompanham esse tipo de leitura, porém na pedagogia atual, incluindo conhecimento sobre neurociência, temos uma boa ideia do que realmente está acontecendo.

    Antes de irmos direto para as conclusões, é preciso compreender as bases que norteiam a pedagogia e sua compreensão mais atual.

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O que significa cognição?

    Existe uma longa discussão sobre o que realmente seria inteligência, como podemos desenvolvê-la e o que pode afetá-la de maneira negativa. Na verdade, é difícil dizer com precisão o que exatamente, em nosso cérebro, é ligado com a inteligência, mas podemos afirmar que, em grande medida, nosso córtex pré-frontal é responsável por muitas das capacidades cognitivas. Vejamos o que um Doutor em Neurociência tem a nos dizer.

Gemma Moss e John Jerrim, a perfeita combinação de uma especialista em literatura, professora na universidade de Londres, com um pesquisador de estatísticas sociais.

Elden Delanogare, neurocientista e divulgador científico brasileiro.

"O córtex pré-frontal funciona como o maestro de uma orquestra, coordenando as diversas seções do cérebro para produzir uma sinfonia harmoniosa de pensamentos, decisões e comportamentos. É essa região que nos permite planejar o futuro, controlar impulsos e adaptar nosso comportamento às exigências do ambiente."

Eslen Delanogare

    Com essa ideia em mente, digamos que a inteligência nada mais é do que o uso das nossas capacidades cognitivas. Quanto mais desenvolvida essa nossa coordenação consciente das faculdades mentais humanas, mais inteligente podemos considerar uma pessoa.

    Vejamos agora quais são as principais capacidades cognitivas — habilidades mentais diretamente relacionadas à inteligência e que podem (e devem) ser desenvolvidas com prática. Entre elas temos:

Atenção – capacidade de focar seletivamente (ou seja, de forma consciente) em estímulos ou atividades relevantes. Muitas vezes nosso cérebro é quem decide o que é interessante focar, por isso precisamos exercitar a capacidade de decidirmos isso por conta própria.

Memória – armazenamento e recuperação de informações. Muitos já devem saber, mas, quanto mais jovem a pessoa, maior é a flexibilidade do cérebro; sua capacidade de se moldar, aprender e reter conteúdos. Se durante esse período o cérebro é alimentado apenas com informações repetitivas, rasas ou pouco desafiadoras (como letras de músicas vulgares ou conteúdos descartáveis), ele, de certo modo, “atrofia”. Com o tempo, a mente se acostuma a operar no “modo fácil”, evitando o esforço necessário para lidar com ideias complexas. É como um músculo que, se exercitado só com cargas leves, perde a força para suportar algo realmente pesado. O resultado disso é um cérebro preguiçoso, que não consegue se concentrar quando mais se precisa dele.

Percepção – interpretação sensorial do mundo ao redor. É por meio dela que damos sentido ao que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos e saboreamos. Mas a percepção não é infalível, ela é influenciada por experiências, emoções, hábitos e até pela expectativa. Uma pessoa que se acostuma a ver o mundo por lentes negativas, por exemplo, tende a interpretar tudo ao seu redor como ameaça ou frustração. Por isso, cultivar boas referências e um olhar atento à realidade é essencial: se a mente se acostuma a distorcer o que percebe, ela começa a viver em uma realidade paralela, onde o erro parece verdade e o vício parece natural.

Linguagem – compreensão e produção de símbolos verbais ou escritos. A falta dessa capacidade não se limita ao analfabetismo. Sua falta também é  percebida na falta de funcionalidade cognitiva, no chamado analfabetismo funcional, em que o indivíduo até reconhece e reproduz sílabas, mas não compreende de fato o que está lendo. Logo adiante entraremos em detalhes, afinal, estamos tratando da leitura e sua relação com a inteligência.

Raciocínio – capacidade de pensar logicamente, estabelecer relações e tirar conclusões. Muitas vezes, as pessoas confundem raciocinar com simplesmente pensar. Mas raciocinar é mais do que ter ideias, é pensar de forma técnica, ordenada e com método. Trata-se de uma habilidade que pode ser desenvolvida com treino, especialmente por meio da Lógica, uma das disciplinas fundamentais da Filosofia e também presente na Matemática.

Tomada de decisão – escolha entre alternativas com base em critérios ou objetivos. Envolve capacidades analíticas e não pode ser feita de maneira adequada sem boas referências prévias (falaremos mais sobre isso adiante). Essa habilidade também inclui a capacidade de antecipar consequências e pesar os impactos das escolhas.

Planejamento – organização de ações futuras para atingir metas. É por meio dele que conseguimos estabelecer cada passo, prever dificuldades e alinhar esforços com objetivos de longo prazo. No entanto, planejar por si só não garante resultado. É preciso ter conscienciosidade (ou responsabilidade econômica); termo utilizado atualmente por jornalistas, economistas e pesquisadores. Pessoas conscienciosas conseguem adiar prazeres imediatos em nome de algo maior, como quem estuda hoje para colher os frutos amanhã. Sem essa postura, as pessoas se tornam imediatistas e acabam por sacrificar o futuro em troca de quase nada.

Metacognição – pensar sobre o próprio pensamento, monitorando e regulando processos mentais. Muito relacionado com a inteligência emocional; quando articulamos autoconsciência e autocontrole. Ao tomarmos consciência de nossas emoções, podemos intervir e responder às situações de maneira mais adequada.

    Existem discussões que expandem esse entendimento, mas as características aqui mencionadas seriam as mais convencionais a serem citadas. Desse modo podemos ter uma boa ideia de como compreender a inteligência humana.

  Vou deixar aqui uma recomendação importante sobre aprendizagem e leitura, infelizmente o vídeo só está disponível em inglês, mas vale dar uma olhada:
The Biggest Myth In Education 

A leitura e sua importância para a cognição

    Com base no que vimos anteriormente, vejamos com mais detalhes como tudo se relaciona. Estudos de Stanislas Dehaene e Maryanne Wolf mostram que a leitura modifica a estrutura do cérebro e melhora funções cognitivas como atenção, memória e raciocínio. Quando levamos o assunto para o campo da educação, isso significa que a leitura e melhorias cognitivas têm uma ligação direta, onde a leitura oferece acesso para as capacidades básicas necessárias para o desenvolvimento cognitivo, ou seja, uma prática que vai impactar a inteligência de um jovem para o resto da vida.

    Para termos uma ideia, uma pessoa que não desenvolveu a leitura fluida (aquela que não basta a simples alfabetização, mas sim toda uma capacidade de interpretação) em sua infância, tenderá a ter uma mente preguiçosa. Pesquisadores como Adam Gazzaley e Tristan Harris apontam que o uso frequente de tecnologias de recompensa imediata, como o TikTok, sabota a concentração e condiciona o cérebro à preguiça mental.

Stanislas Dehaene, neurocientista cognitivo francês.

    Levando tudo em conta, ao repetir a mesma atividade diversas vezes, neste caso a leitura, com o tempo, a familiaridade faz com que a atividade exija menos esforço do nosso cérebro, o que poupa a energia. Uma vez que uma atividade gasta pouca energia, ela se torna menos maçante. O cérebro procura as atividades que gastam menos energia e são mais gratificantes; inclusive, isso explica como o cérebro pode ficar viciado em atividades fáceis (tiktok e/ou qualquer atividade de recompensa rápida), atividades essas que trazem conforto imediato sem o menor esforço. 

Maryanne Wolf, neurocientista com foco na literatura, letramento de crianças e disléxicos.

    Mas como exatamente a leitura contribui para nossa inteligência? Apesar dessa discussão estar longe de acabar, temos muitas pistas atualmente. O desenvolvimento de raciocínio e concentração pode estar relacionado com o fato de que o cérebro gasta menos energia ao refletir, relacionar coisas e procurar soluções quando está “devidamente treinado” para tais tarefas. Essas atividades exigem tempo e empenho, desse modo, é de se entender que um jovem mal desenvolvido não consegue se concentrar e por tanto tem dificuldades em estudar, especialmente porque tal atividade requer muita leitura e absorção de conteúdo.

    Aqui cabe trazer o que foi mencionado no início de nosso texto, sobre a leitura ficcional. Uma temática de ficção traz palavras, cenários, questões menos comuns do que aquelas que vemos em revistas e jornais. Quanto mais diversificado o conteúdo literário, maior será o empenho reflexivo, treinando o cérebro nas atividades mencionadas. Quando o leitor jovem reflete, recebendo várias informações para tanto, exercita suas habilidades. No fundo também estamos falando da capacidade abstratativa e no acúmulo de experiências intelectuais em diversos assuntos.

Adam Gazzaley, professor de Psiquiatria, Fisiologia e Neurociência da Universidade da California. Tem atuado em favor da saúde mental da juventude.

    A capacidade abstrativa nada mais é do que a habilidade de reter um grande número de informações necessárias a serem relacionadas em busca de uma conclusão. Ao contrário da imaginação, que traz obviamente imagens à mente, a “abstrativização” lida com informações de maneira não imagética (a não possuir imagens na sua articulação).

    Claro que a leitura também ajuda na imaginação, existem imagens para muitas coisas descritas em livros, no entanto é preciso compreender que muitos livros não trazem apenas descrições de coisas físicas. Mesmo nos casos de livros mais imagéticos, que descrevem coisas que podem ser imaginadas, ainda existe a necessidade de interpretar, passando por uma conversão de conceito para objeto, o que também contribui para a abstrativização.

    Algo abstrato é aquilo que não pode ser percebido diretamente pelos sentidos. Em vez de ser algo concreto, como uma cadeira ou uma maçã, o abstrato é uma ideia, conceito ou qualidade. Já a capacidade abstrativa é o que nos permite formar essas ideias, entender o mundo além do que está diante dos nossos olhos.

    Claro que por si só a leitura não é suficiente para o desenvolvimento da inteligência, as experiências prévias mencionadas anteriormente não podem ser supridas com leitura aleatória, por isso existe a lógica matemática e o raciocínio lógico da filosofia.

    Ao tratarmos de inteligência e experiências prévias, vamos chamar isso simplesmente de repertório. Uma pessoa cuja mente não é treinada para uma certa atividade intelectual, como a falta de métodos para analisar situações específicas, obviamente não tomará as melhores decisões. A falta de repertório leva a uma análise (interpretação de uma dada situação) pobre, assim, consequentemente, a uma resposta inadequada. A leitura variada (incluindo diversos assuntos pertinentes), culturalmente enriquecida (como inspirada em civilizações poderosas do passado) e ficcional, oferecem um grande repertório; o que melhora a criatividade, pois existem diversas fontes disponíveis para se basear, e claro, consequentemente, aumentam as chances de sucesso em qualquer tomada de decisão ou resolução de problemas.

    Aqui cabe trazer os outros repertórios que podem ser adquiridos nas matérias escolares. Vamos focar, já que estamos falando de inteligência, na lógica matemática e no raciocínio lógico da filosofia. Enquanto que a matemática oferece experiências prévias para enfrentar problemas de natureza exata, o repertório da filosofia procura trazer, da melhor maneira possível, exatidão onde não há.

    As matérias humanas, assim como os problemas humanos, são questões complexas. É preciso estabelecer princípios para garantir o mínimo de razoabilidade em uma discussão sobre os problemas da vida humana. A filosofia oferece em seu repertório das matérias ditas analíticas, um conjunto considerável de ferramentas que inclusive tiveram um grande peso na criação da metodologia científica.

Tirinha de André Dahmer. Algoritmos procuram explorar nosso sistema de recompensa, mas, com o devido uso, é possível direcioná-los a nosso favor.

    Haveria tanta coisa a dizer sobre as ferramentas da filosofia, a importância desse repertório e seus ganhos cognitivos (de inteligência). As matérias analíticas não são para qualquer um. Já estávamos saindo do assunto, sendo assim, ficamos por aqui. Fiquem atentos para mais. Até a próxima.

Tags: Analfabetismo funcionalDesenvolvimento cognitivoEducação no BrasilImportância da leituraJuventude e concentraçãoLeitura e cogniçãoLeitura ficcionalNeurociência e inteligênciaRaciocínio lógico e filosofiaRepertório cultural
Kiusley Souza Silva

Kiusley Souza Silva

Professor de Filosofia formado na UFSC Estudioso do conservadorismo e do liberalismo clássico

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