O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi diagnosticado com labirintite nesta segunda-feira (26). Após sentir vertigens, o presidente passou por exames no Hospital Sírio-Libanês, a equipe médica recomendou repouso por até 48 horas. Com isso, Lula permanece no Palácio da Alvorada e cancelou compromissos previstos para esta terça-feira (27).
A agenda presidencial incluía uma reunião com reitores de universidades e a participação em evento pelo Dia do Diplomata, no Itamaraty. Com a ausência do presidente, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação) e o vice-presidente Geraldo Alckmin passaram a representá-lo nos compromissos.
Pela manhã, a médica infectologista Ana Germoglio esteve no Alvorada para avaliar o estado de saúde de Lula. De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), ele está medicado e os sintomas devem desaparecer entre 24 e 48 horas. Até o momento, não há previsão de retorno às atividades presenciais no Palácio do Planalto.
A labirintite é uma inflamação do labirinto, estrutura localizada no ouvido interno, que afeta o equilíbrio e a audição. Segundo o médico otorrinolaringologista Márcio Salmito, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a vertigem é o sintoma mais comum e provoca a sensação de que tudo está girando. Ele alerta que, embora seja geralmente benigna, a vertigem pode sinalizar problemas mais graves e deve ser investigada.
Esse não é o primeiro problema de saúde enfrentado por Lula nos últimos meses. Em dezembro do ano passado ele passou por uma cirurgia para drenar um hematoma intracraniano resultado de uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada. O caso gerou preocupação e levou a uma breve interrupção em sua agenda oficial. Desde então outros episódios clínicos como o atual quadro de labirintite têm chamado a atenção para o estado geral de saúde do atual presidente do Brasil
Além disso o contexto político também torna esse aspecto relevante. Lula é apontado como possível candidato à reeleição em 2026 o que colocaria sua idade em 81 anos no início de um eventual novo mandato. Caso reeleito governaria até os 85 o que levanta discussões sobre a capacidade física e mental necessárias para lidar com as pressões do cargo mais alto da República.