O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, anunciou que está finalizando um dossiê sobre o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro para entregar à Polícia Federal (PF). Segundo o parlamentar petista, o documento reúne registros de encontros de Eduardo com autoridades dos Estados Unidos, nos quais teriam sido discutidas sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Lindbergh afirmou que Eduardo atua para “ameaçar” os ministros do STF que julgam seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado. “O que Eduardo Bolsonaro está fazendo é mais grave que o 8 de janeiro. É a continuação do golpe, movimentando uma potência estrangeira para fazer coação no curso do processo”, declarou o parlamentar.
O dossiê também inclui um compilado de declarações públicas de Eduardo Bolsonaro, vídeos e registros de agendas com autoridades norte-americanas que não estavam disponíveis nas redes sociais. Lindbergh destacou que sua equipe já mapeou e documentou todas as evidências, mesmo aquelas que o deputado tentou apagar.
A iniciativa ocorre após o ministro Alexandre de Moraes determinar a abertura de um inquérito contra Eduardo Bolsonaro, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação visa apurar a atuação do deputado licenciado contra autoridades brasileiras. Além disso, o PT planeja acionar o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, solicitando a cassação do mandato de Eduardo por quebra de decoro parlamentar.
Apesar das bravatas feitas por Lindbergh, ainda não sabemos se o dossiê realmente se sustenta. O conteúdo completo não tem previsão de ser divulgado publicamente e as informações ainda precisam ser checadas pelas autoridades. Por isso, é importante ter cautela antes de tirar conclusões, já que o material pode misturar fatos com interpretações políticas. Tudo vai depender do que a investigação da PF encontrar.
Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos Estados Unidos, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. O caso promete intensificar o embate político entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual governo, colocando em foco as relações internacionais e a integridade das instituições democráticas brasileiras.