A manhã desta quinta-feira (10) foi marcada por mais um escândalo de corrupção envolvendo a gestão de um grande município brasileiro. A Polícia Federal deflagrou a Operação Copia e Cola, que investiga um esquema milionário de desvio de verbas da saúde em Sorocaba. O principal alvo da operação é o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), que agora se vê no centro de uma apuração que pode comprometer sua ascensão meteórica nas redes sociais e na sua trajetória política.
As apurações revelam que uma Organização Social (OS), contratada para gerenciar serviços de saúde em Sorocaba, estaria envolvida em um esquema de fraude em licitações e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, há indícios de que o prefeito Rodrigo Manga teria recebido propina por meio de transações imobiliárias e depósitos em espécie realizados por operadores financeiros, entre eles um amigo pessoal do gestor municipal.
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A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca contra a bispa Simone Batista, cunhada do prefeito Rodrigo Manga. As investigações apontam transações financeiras suspeitas envolvendo a igreja liderada por seu marido, o bispo Josivaldo Batista. Além do templo religioso, a residência do casal foi alvo da operação. Durante as buscas, os agentes encontraram dentro de um veículo uma caixa contendo diversas cédulas de R$ 50, levantando novas suspeitas sobre a origem dos valores.
A dimensão da operação reforça a gravidade do caso. Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em 14 cidades, incluindo São Paulo e Vitória da Conquista (BA). Além disso, a justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões nas contas da OS e proibiu a organização de firmar novos contratos com o poder público. Segundo os investigadores, os crimes em apuração incluem corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, peculato e fraudes em licitações.
Rodrigo Manga, que ganhou notoriedade nas redes sociais e recentemente anunciou a intenção de disputar a Presidência da República em 2026, ainda não se pronunciou sobre as acusações.
