Logo após sua chegada, Bolsonaro se pronunciou à imprensa, reiterando sua expectativa em relação à justiça e criticando a condução das investigações, enfatizando que “nada se fundamenta nas acusações feitas de forma parcial pela Polícia Federal”.
Ao comentar os fatos relembrou declarações anteriores, afirmando: “Eu espero justiça. Espero justiça”. Durante sua fala, ele citou momentos de seu passado recente, mencionando uma conversa com a imprensa em 2 de novembro de 2022 e uma live realizada em 30 de dezembro, na qual assegurou que “o mundo não ia acabar no dia primeiro”, além de ter tomado medidas relativas à segurança nacional ao nomear os comandantes militares que, segundo ele, foram indicados conforme solicitação do Lula.
“O [ex-]Presidente Bolsonaro faz questão de enfrentar a acusação injusta e absurda que hoje a Procuradoria Geral da República faz contra ele , comparecendo pessoalmente aos atos do processo, manifestando, sempre, sua indignação e repúdio às imputações mentirosas contra as quais hoje tem sido obrigado a se defender”
disse Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente
Na mesma manhã, Bolsonaro acompanhou o líder da oposição na Câmara, o deputado federal Luciano Lorenzini Zucco (PL-RS), até a sede do PL em Brasília. O ex-presidente destacou também sua colaboração com o atual ministro da Defesa, José Mucio, durante o período de transição de governo, reforçando sua postura de confiança nas instituições: “Eu estou bem. Sempre confiando na Justiça”.
Neste momento, o STF concentrará esforços na etapa preliminar de sua análise, avaliando se a denúncia possui indícios mínimos que justifiquem a recepção das acusações e a possível conversão dos investigados em réus. Caso a denúncia seja rejeitada, o processo será arquivado. Caso contrário, a decisão resultará na abertura de uma ação penal contra Bolsonaro e seus aliados, definindo os rumos de um episódio que permanece sob intensa vigilância do cenário político nacional.